A artista visual e designer Goya Lopes realiza nos dias 25 e 26 de março, das 10h às 12h, durante a Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento, a oficina “Ilustração: arte de contar histórias, onde fala sobre seu processo criativo na criação de estampas para tecidos. Goya Lopes também lança no evento seu livro “Tecelagem: Uma História Ilustrada”, sua primeira publicação para crianças, editado pela Solisluna.
Neste livro que Goya
Lopes escreveu e ilustrou, duas crianças africanas contam um pouco sobre a
história de um dos ofícios mais antigos da humanidade, a tecelagem. “Este livro
é fruto do sonho de um Brasil onde todas as crianças terão a oportunidade de
conhecer mais sobre a cultura africana e afro-brasileira. Há mais de quatro
décadas eu dedico minha vida e meu trabalho à valorização das nossas raízes
africanas. E este livro é uma contribuição que faço para as crianças de todas
as idades deste nosso país”, revela Goya.
Sobre
a Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento
É
possível o mundo sem fronteiras? Quem sou e quem é o outro neste mundo? Em que
medidas somos iguais e diferentes? Como é viver nas bordas? De que forma a
pandemia nos aproximou e nos distanciou? Estas são apenas algumas das
indagações que serão tratadas durante a Festa Literária Internacional VivaLivro
- Literatura como Acolhimento, evento online e gratuito, que acontece de 24 a
27 de março. A programação completa está no
site www.festavivalivro.org onde também é possível realizar as
inscrições.
Organizado
pela Solisluna Design Editora, em parceria com o Instituto Emília, o projeto
tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e
da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc,
direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do
Turismo,Governo Federal.
A
curadoria fica a cargo de Valéria Pergentino, sócia-fundadora da Solisluna, e
de Dolores Prades, diretora do Instituto Emília. Entre os objetivos do evento
estão promover a leitura de obras literárias que abordam temas como migração,
diversidade cultural, identidade e outras histórias escritas sobre diferenças,
bem como divulgar livros e autores que tratam das questões-chave de
visibilidade.
Durante
quatro dias serão realizadas conversas literárias, oficinas, contação de
histórias e feira de livros com lançamentos exclusivos. Entre os convidados, os
representantes baianos são a artista Goya Lopes, a educadora Maria Isabel
Gonçalves, a pedagoga Cybele Amado (diretora do Instituto Anísio Teixeira); o
pedagogo e escritor José Eduardo Ferreira Santos (Acervo da Laje); e a
professora e escritora Bárbara Carine (Escola Afro-Brasileira Maria Felipa); a
psicóloga Claudia Mascarenhas, a jornalista Mira Silva; a cantora e
instrumentista Mariana Caribé; a escritora e blogueira Emília Nuñez; e a
pedagoga e escritora Helena Nascimento. Também participam do evento o
pensador, escritor e líder indígena Ailton Krenak (MG); a pedagoga Tereza
Cristina Rodrigues Villela (SP); a psicóloga, produtora cultural e escritora
Neide Almeida (SP); a coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio
Comunitário (IBEAC-SP), Bel Santos; a artista plástica e consultora nas áreas
de educação e artes, Stela Barbieri (SP); a jornalista e professora Rosane
Borges (SP); e o educador, escritor, jornalista, documentarista e etnomúsico
Délcio Teobaldo (RJ).
Entre
os nomes internacionais estão a peruana Issa Watanabe, ilustradora do premiado
livro 'Migrantes'; a escritora chilena Sara Bertrand, vencedora do New
Horizons Award Raggazi Bologna (2017), com A Mulher da Guarda';
o economista equatoriano Alberto Acosta; o escritor e ilustrador argentino
radicado na Espanha, Gusti Rosemfet; e o escritor ganês Ousman Umar,um dos
nomes mais representativos da atual literatura africana. Radicado em Barcelona
desde 2005, Ousman tem sido celebrado em toda a Europa, por conta do livro ‘Trip
to the White Country’ ('Viagem ao País dos Brancos'), no qual narra a dura
jornada dos refugiados que saem de suas terras em busca de uma vida melhor em
outros países, mas que, na maioria das vezes, encontram a miséria e a morte. O
próprio escritor é um refugiado que caiu nas mãos do tráfico internacional de
pessoas, mas sobreviveu para contar sua história e ser a voz de quem não teve a
mesma "sorte". Umar abre a Festa Literária.
Em
uma das oficinas, Neide Almeida provoca: “Qual o lugar da literatura negra em seu
repertório de leitura?". A outra fica a cargo de Goya Lopes, que
ministra aula de Criação de Ilustração. As inscrições para as oficinas são
gratuitas, mas as vagas são limitadas.
Os
pequenos também têm espaço garantido. A manhã do último dia da Festa, 27, será
toda para eles, com contações de histórias realizadas por Mira SIlva
(@sementinhapreta), Helena Nascimento (@atrasdaporta), Mariana Caribé
(@corrupio) e Emília Nuñez (@maequele).
Concurso
literário premia estudantes de escolas públicas - Além das mesas, oficinas
e contações de histórias, a Festa VivaLivro realiza o Prêmio Literário 'Quem eu
sou no mundo', destinado a estudantes da rede pública da Bahia, com
idades entre 14 e 18 anos. A inscrição é gratuita e pode ser realizada até 20
de março, no link www.festavivalivro.org/concurso-literario.
Cada
estudante poderá concorrer com até 5 textos de sua autoria, que deverão ser
inéditos (não publicados em livros ou revistas). Com o tema 'Quem eu sou
no mundo', o trabalho pode ser escrito em forma de conto, crônica ou poesia, e
será submetido a uma comissão julgadora formada por editores, escritores e
especialistas em literatura juvenil. As obras selecionadas serão publicadas em
formato digital (e-book) e estarão disponíveis para download. Cinco estudantes
serão contemplados. Cada um receberá R$500,00, um voucher para acesso ao e-book
e 10 exemplares impressos do livro.
"Quem
eu sou nos remete a pensar no outro, qual é a minha identidade em relação à
comunidade onde estou e no mundo em que vivo. Por isso, escolhemos este tema
para o concurso e focamos em jovens, a idade das dúvidas e também das
descobertas, dentro e fora de si mesmos", comenta Valéria Pergentino.
Sobre
a Solisluna - A Solisluna Design Editora realiza projetos e ações que
sensibilizam e levam à reflexão sobre diferentes realidades e modos de ver esse
mesmo mundo. É comprometida com o coletivo e com as questões importantes da
nossa sociedade: cultura, inteligência e sensibilidades. Iniciou suas
atividades em 1993, e desde sua criação tem se dedicado à projetos
sobre expressões artísticas, culturais e históricas; que tratam do patrimônio
imaterial, arquitetônico e religioso, do meio ambiente, da pluralidade racial,
das diferenças, de questões relacionadas às mudanças sociais e do
fazer cotidiano de uma gente singular.
Sobre
o Instituto Emília - O Instituto Emília é uma Organização da Sociedade
Civil (OSC) sem fins lucrativos que atua na produção de conteúdos de qualidade
e gratuitos, na formação de leitores e na promoção do livro e da leitura. Desde
nossa origem, se pauta por uma orientação independente, posta em prática por um
grupo de colaboradores voluntários e uma sólida rede de parceiros nacionais e
internacionais Seu propósito é formar leitores conscientes de seu papel como
agentes de intervenção e transformação social. Isto é, trabalhar a leitura e a
escrita como instrumentos de conquista de visibilidade e afirmação de falas e
identidades.
Serviço
FESTA
LITERÁRIA INTERNACIONAL VIVALIVRO - LITERATURA COMO ACOLHIMENTO
Quando:
24 A 27 DE MARÇO DE 2021
Onde:
YouTube da VIVALIVRO www.youtube.com/festavivalivro.
Programação
completa: www.festavivalivro.org
Inscrições
gratuitas
Instagram:
@festavivalivro
Facebook:
/FestaVivaLivro