Com a
canção Rainha dos 9 céus, o grupo
Africania faz parte da trilha sonora da nova série baiana Pequeno Gigante que estreou na última quinta-feira (14), na TVE
Bahia. A estreia será reprisada neste domingo (17), às 19h, na TVE e pelo site tve.ba.gov.br/tveonline. A trama contém
13 episódios e será exibida sempre às quintas-feiras, às 20h, e em horário
alternativo aos domingos, às 19h.
“A gente
fica muito feliz quando a nossa música é reconhecida e integrada a bons
trabalhos como é o caso da série Pequeno
Gigante. Uma produção de muita qualidade em todos os aspectos, desde a
temática que é de grande relevância social quanto aos profissionais envolvidos,
atores e direção. Estamos felizes!”. Declarou Bel da Bonita, um dos vocalistas
e percussionistas do grupo, responsável pela referida composição.

Um
pouco mais sobre a série

A
obra original, ambientada em Salvador, é inspirada nas mudanças sociopolíticas
e econômicas ocorridas nas últimas décadas e expressa a dicotomia análoga da
cidade alta e cidade baixa. A série é protagonizada por um personagem ativista
social negro, Davi, interpretado por Guilherme Silva. Já o poderoso Senador
Saul Dias é Interpretado por Harildo Déda; Bruno Guimarães atua na série com a
personagem Júnior - filho do senador, e Amós Heber faz Peixinho, o líder do
tráfico em Nova Nigéria.
As
personagens femininas, inspiradas na mulher baiana, têm papel fundamental na
trama: a Vereadora Amanda Carla, interpretada por Ana Tereza Mendes; a Ativista
Social Milena, interpretada por Evana Jeyssan; Adalgiza, mãe de Davi,
interpretada por Valdinéia Soriano; Deise Leão, interpretada por Laíse Leal; e
a personagem Elen, responsável pelas principais reviravoltas políticas por meio
do jornalismo investigativo, é interpretada por Raíssa Xavier.
A
produção é da Larty Mark e Cine Arts. A direção é de Anderson Soares Caldas,
com produção executiva de Aline Cléa e Wiltonauar Moura.
Sobre
o grupo Africania
Assentados
na resistência e na sacralidade da cultura afro-brasileira, os ritmos brasileiros
representam a bússola do grupo Africania. A identidade sertaneja do grupo, além
de ressaltar o respeito ao divino e o vigor dos batuques, revela sua hospitalidade
quando acolhe influências do afro-jazz, da música caribenha e do acid-rock.
Contudo, é com a consciência de suas raízes que o grupo se reconhece enquanto
semeador de uma sonoridade universal. Idealizado em 2006 por Bel da Bonita,
Africania contabiliza em seu currículo sete discos, além de ter concebido três
trilhas sonoras para outros filmes.
No início
deste ano, antes da pandemia, o grupo lançou o projeto Africania - correntezas sonoras do Jacuípe, uma série de shows que apresenta
uma parte do novo disco O Curador do
Museu do Imaginário. O projeto passou por diversas cidades como Senhor do
Bonfim e Juazeiros da Bahia e será retomado assim que voltarmos à normalidade com
shows presenciais. “Enquanto isso não ocorre, a banda segue com as suas
produções a distância, dentro das possibilidades, respeitando, rigorosamente, as
recomendações dos profissionais de saúde. Vamos lançar em breve um clipe muito
potente de uma das canções desse novo disco, com imagens captadas antes da
pandemia, que conta com o roteiro e direção de Daniel Dourado e da direção de
fotografia de Jaime Sampaio”, prometeu Cid Fiuza, guitarrista do grupo.
O
novo disco, O Curador do Museu do Imaginário,
que está em fase final, foi idealizado por Bel da Bonita e Daniel Penha e tem
como o intuito ampliar o olhar sobre riqueza estética do samba rural e poesia
da Bacia do Jacuípe. Já que ambos os idealizadores nasceram nessa região,
puderam assim vivenciar de muito perto a vida e as tradições do samba e do(a) sambador(a)
jacuipense. O novo albúm tem uma estética de música mestiça, em que o Samba de
Batuque, o Chula e a Toada dialogam com as diversas influências da música mundial,
como acid rock, jazz, psy-trance, música progressiva e psicodélica. As canções abordam
temas que vão da temática ligada a cultura popular, a busca pela preservação do
Rio Jacuípe, assim como atual situação política do Brasil.
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