A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) é uma apresentação do Governo do Estado da Bahia, realização da Icontent e Cali, patrocínio da Coelba via Fazcultura e Governo do Estado, apoio institucional da Rede Bahia e apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira.
Durante a conversa, Jovina explicou como inicia o seu processo criativo. “Eu construo meu texto ouvindo, eu ouço corpos violentados, eu vejo corpos lutando, eu ouço meus antepassados. Essas vozes me pedem vida, me pedem registro, elas querem ser o poema e eu obedeço meus antepassados”, explicou.
O fortalecimento do movimento negro foi um dos temas que permeou os assuntos da mesa e, também, está presente na obra dos dois escritores baianos. “Se a pessoa se sente que é superior ao outro por sua cor de pele, essa pessoa é prisioneira”, pontuou Lande Onawale.
Ela também contou qual é o seu principal papel como escritor e poeta. “Minha obra é direcionada para fortalecer afetivamente as pessoas. Grande parte da nossa atuação é resguardar a nossa trincheira denominada afeto, a nossa intimidade, o nosso sentimento ”, disse.
Jovina pontuou ainda quais são as histórias que são contadas por ela em seus poemas. “A minha letra é de identidade levantada, valorizada, e isso é uma coisa que não abro meu no meu texto. Eu sou uma mulher negra, pobre, trabalhadora e na luta contra o racismo e estou sempre de pé”, enfatizou.
Ascom FLICA