Espetáculos
de teatro, circo, dança, música e oficinas integram a programação que celebra
os 15 anos do projeto
A Mostra
Sesc de Artes – Aldeia Pelourinho chega ao seu 15º ano, e afirma-se como uma das mais
significativas ações artístico-culturais realizadas no Centro Histórico de
Salvador. O evento acontece de 15 a 19 de outubro, no palco e Arena
do Teatro Sesc-Senac Pelourinho e a programação é composta por 9
atrações, entre shows, espetáculos adultos e infantis e oficinas voltadas
para os diversos públicos.
Na abertura, dia 15, às 19h30, a Cia.
Quimera Criações Artísticas e Teatro Ateliê, do Rio Grande do Sul,
apresenta “DAS CINZAS CORAÇÃO”, espetáculo que faz referência
ao cinema mudo, e mistura teatro com técnicas circenses para contar uma
história de opressão feminina passada em 1920, em cenas que seguem hoje na vida
real. A Cia Quimera e o Teatro Ateliê tem interesse mútuo no cinema mudo e nas
possibilidades de cruzamento dessa linguagem com a do teatro. Ainda no primeiro
dia de programação tem atividade formativa com a artista circense Alice Cunha,
que ministra uma OFICINA DE CIRCO para iniciantes com técnicas
básicas de acrobacia de solo, arame e pirâmides. A atividade tem carga horária
de 3h (15h às 18h) e a inscrição é gratuita!
No
dia 16, também às 19h30, estudantes da Escola de Dança da Funceb
apresentam “SOLOS AQUARELA” - resultado de pesquisas, os solos
expressam as reflexões e as inquietações subjetivas atravessadas por questões
do coletivo e da convivência. Além da performance, o grupo ministrará neste dia
uma oficina de Dança Moderna, 10h às 12h, para maiores de 12 anos e
com inscrição gratuita.
Direto
do Amapá, a Cia Casa Circo traz o impactante “A
MULHER DO FIM DO MUNDO”, uma reflexão brutal sobre a mulher contemporânea e sua figura de resistência diária, diante
de seus conflitos internos e de uma cultura machista, na qual tem
que impor a todo o momento uma política que valide seu corpo e o seu discurso
enquanto ser significante na sociedade. A apresentação será no dia 17,
às 19h30. A bailarina Ana Caroline e o diretor Jones Barsou integram a
companhia e juntos agregam em suas produções diferentes linguagens: circo,
dança e teatro. Além do solo, a cia ministrará a oficina “Texto e
Movimento expressivo”, voltada para bailarinos e atores, e que tem o
objetivo de instigar o artista cênico por meio dos elementos “fala” e
“movimento”, investigando as capacidades expressivas do corpo e movimentos
expressivos únicos para a cena. Dias 17 e 18, 8h às 12h, inscrição gratuita.
Nos
dias 18 e 19, às 19h30, é a vez do Teatro NU com “OS
PÁSSAROS DE COPACABANA”. Com texto e direção de Gil Vicente Tavares, o
musical é protagonizado por Marcelo Praddo e se passa
em 1964, ano em que Ary Barroso morreu e Carmen Miranda faria 55 anos. O
monólogo conta
a história de uma travesti tentando fazer um espetáculo em homenagem ao
compositor, por encomenda de seu amante militar no ano de 1964. A peça revela
sentimentos e segredos dessa travesti em meio ao período conturbado do Brasil e
a sua luta diária contra o preconceito e a marginalização de sua condição na
sociedade brasileira daquela época. Nos dias 16 e 17, Marcelo ainda ministrará
a oficina “Eu, sendo outro”, na qual abordará a construção de uma personagem através de leituras de textos,
utilizando personagens do seu repertório para o exercício de pequenos
monólogos. A atividade é voltada para iniciantes e pesquisadores em artes
cênicas. Inscrição na unidade.
A
Mostra Sesc também reserva diversão para os pequenos. No dia 19, às 16h,
tem “O PALHAÇO E A BAILARINA”, espetáculo para toda a família
que traz números cômicos inspirados na tradição do circo brasileiro e também
números autorais. Com muita improvisação e interação, os palhaços Tezo e Batata
Doce apresentam truques de mágica, cirandas, paródias musicais e malabarismos.
No
encerramento da 15ª Mostra Sesc de Artes, no dia 19 às 21h, a
música toma conta da arena do Sesc Pelourinho com a AFROCIDADE. A
banda mistura letras politizadas a ritmos populares como o arrocha e o pagode,
além da música afro, dub jamaicano, reggae, ragga e afrobeat. A Afrocidade vem
conquistando espaço na cena nacional, com um groove percussivo que não deixa
ninguém parado.