“Tudo que vi nessa noite me leva a confirmar a máxima
importantíssima: a cultura e a educação são as molas mestras da transformação
do mundo”, opina a jornalista Silvia Dantas, na saída de mais uma noite
discussônica na Quinta dos Bossais.
Trata-se de um projeto de música brasileira, atividades formativas e
artes integradas do Coletivo Culturasss, protagonizado pela banda Baiana Bossa.
Formato corajoso que leva para o ambiente do bar momentos inusitados de
reflexões coletivas sobre tema diferente a cada semana, e que tem se destacado
pelo sucesso de público e crítica.
“Para mim o mais bonito desse projeto é a sua estética de modo geral. A
começar pela escolha do ambiente que só amplia a sensação de bem estar de quem
chega para prestigiar o projeto. O palco, a luz, a forma como a banda se
comporta, além de ser um som muito limpo, bem tirado mesmo, como um projeto de
bossa nova exige e merece”, destaca o jornalista Caíque Marques.
Formato do projeto
Para a cantora Kleyde Lessa, que é também proprietária do espaço onde o
projeto acontece, a Quinta dos Bossais encanta o público por fundir música e
outras linguagens culturais, como a poesia, literatura, teatro, artes
plásticas, entre outras. “A programação do evento pensa na interação das
variadas vertentes artísticas e promove formação de platéia dentro de um espaço
aconchegante e cultural que é a Cúpula do Som”, destaca Kleyde.
As noites de quinta para o projeto contam com o show da banda Baiana
Bossa e uma abertura com Roda de Conversa temática. Um bate papo descontraído
com troca de experiências garantidas. Já foram abordados os temas: “Os Desafios
da Assessoria de Imprensa”, mediado pelas jornalistas Beatriz Ferreira e
Eveline Coordeiro da Notre Assessoria em Comunicação; “Marketing e Carreira”,
com Thiago Oliver, diretor de marketing do Grupo Nobre, e com o case Aik temaki
com o empresário Peterson Carvalho; a terceira semana preparou uma Roda
Literária com os escritores Roberval Pereyr, Clarissa Macêdo, Clovis Ramaiana e
Rafael Rodrigues que falaram um pouco das suas obras e encheram a noite de
poesia e prosa. Essa noite também contou com a exposição das telas de Júlio Firmo que pintou uma obra durante o evento; e, na quarta semana, o papo da abertura foi sobre “As Memórias
do Teatro Feirense”, mediado pelos atores e diretores da Cia CUCA de Teatro,
Geovane Mascarenhas e Elizete Destèffani.
Por sua relação com o teatro desde 1998 até os dias de hoje, a cantora e
atriz Lorena Porto também participou da Roda de Conversa sobre o tema e trouxe
memórias da cena feirense, bem como da participação da Cia Teatrelados de
Teatro, encabeçada pela premiada atriz e diretora Susana Vega. “Sou
apaixonada por teatro e foi muito especial ouvir dos profissionais que atuam na
área um pouco do histórico e das suas experiências”, conta Silvia Dantas.
Banda Baiana Bossa
Roda de Conversa 'Memórias do Teatro Feirense' .
Banda Baiana Bossa
Após a abertura discussônica, entra em cena a Baiana Bossa com seu
refinado repertório que atrai admiradores da bossa nova, jazz, samba, música do
nordeste, da música brasileira e suas preciosidades. A jornalista Silvia Dantas
também falou sobre essa formação musical: “Fico muito feliz em saber que em
Feira de Santana tem uma banda com um repertório tão apurado, tão bem
selecionado. Isso mostra que a arte de qualidade tem espaço, tem público e a
gente precisa fomentar cada vez mais iniciativas como essa porque além do show
musical, esse projeto traz ainda uma proposta formativa. Muito bom!”.
A banda tem Lorena Porto no vocal, Cid Fiuza que além de guitarrista também assina
a direção musical, Anselmo Roberto no contrabaixo e César Miranda na bateria.
Sobre o desempenho, Kleyde Lessa diz que a Baiana Bossa conduz a Quinta dos
Bossais com suavidade e estilo, arrancando os aplausos do público tocado por um
valioso repertório finamente selecionado para compor a noite.
O jornalista Caíque Marques destaca que, além do repertório trazer
canções antigas, clássicos da música brasileira como é a Bossa Nova, tem também
músicas muito atuais e que valem muito pra cena que a gente está vivendo hoje. “Uma
canção como Geni e o Zepelim de Chico Buarque, por exemplo, não deixa de ser
atual nunca. De frente pro crime de João Bosco para mim foi uma das coisas mais
inteligentes já feitas, inclusive. É isso o que me agrada: a inteligência de
como a banda construiu o repertório e a maneira como Lorena canta, certa,
inteligente… Ela é uma cantora na medida certa”, pontua Caíque.
A Baiana Bossa defende a música brasileira e seus compositores de
reconhecida qualidade musical. “É a música pela música. Canções para
contemplar por elas mesmas. Não importa muito se é pra animar, pra dançar ou
não. Nós queremos oferecer música. E só”, enfoca Cid Fiuza, diretor musical
da banda.
“A gente faz o som que a gente gosta muito e isso acaba contagiando as
pessoas. É uma sinergia incrível”, diz a cantora Lorena Porto. Ela
também falou sobre o futuro da banda e da Quinta dos Bossais: “O projeto tem
mais duas apresentações e encerra essa primeira temporada em Feira de
Santana/BA no dia 26.10. Não tenho dúvidas de que será um encerramento com
chave de ouro, como se diz. A próxima quinta está com uma programação e
convidados incríveis. Vamos falar de protagonismo feminino e estou muito
animada com isso. Sobre a banda, estamos concentrados nos shows para eventos,
casamentos, solenidades e algumas oportunidades fora da Bahia também estão
previstas”, conta Lorena.
Cid Fiuza, guitarrista e diretor musical da Baiana Bossa.
Geovane Mascarenhas, Elizete Destèffani, Lorena Porto e Jacy Queiroz.
Cúpula do Som Studio Bar, na Kalilândia. Feira de Santana/BA.
Anselmo Roberto, Cid Fiuza, Lorena Porto e César Miranda.
Redação | Culturasss